Depois de uma semana em que o VAR dominou as manchetes da Premier League e da Liga dos Campeões, talvez fosse apropriado que a A-League entrasse em ação.
O empate 1-1 entre Melbourne Victory e Wellington Phoenix teve muita ação, independentemente da arbitragem, mas uma série de quatro chamadas em cada lado do intervalo teve grande importância durante o jogo, com ambos os lados se perguntando se haviam sido maltratados pelos árbitros, tecnológico ou outro.
Ryan Teague abriu o placar, mas Wellington não conseguiu ver o pênalti depois que Daniel Arzani acertou Bozhidar Kraev na área. O VAR ficou em silêncio.
Então, depois que um gol contra empatou o placar, o gol foi negado novamente. Desta vez, o árbitro Shaun Evans sinalizou para o pênalti, apenas para o mais marginal dos impedimentos ser encontrado na preparação.
Foi, na melhor das hipóteses, marginal, com a tecnologia traçando o limite através da axila de Nicholas Pennington. Ele certamente não acumulou nenhuma vantagem com sua posição, mas a decisão foi mantida.
Do outro lado do intervalo, Evans voltou à ação, marcando pênalti para o Vitória. Desta vez, o VAR disse para ele dar uma segunda olhada, sem que se visse falta nem bola de mão.
Finalmente, o Victory ficou furioso quando Ben Folami foi derrubado por Lukas Kelly-Heald, mas o apito permaneceu no bolso.
Evans havia reservado cartão amarelo para Pennington nos estágios iniciais por mergulho, e esta era uma situação clara em que as únicas opções eram falta ou fracasso, mas o jogo continuou em ritmo acelerado sem intervenção de cima.
Melbourne pode ficar ainda mais irritada com os enormes atrasos causados pela tecnologia. Não só os adeptos no estádio ficaram sem saber o que estava a acontecer, como também o ímpeto considerável que os anfitriões estavam a construir antes e depois do intervalo se transformou em fumo enquanto, uma e outra vez, o jogo parava e todos esperavam.
Foram acrescentados seis minutos aos dois tempos, mas as verificações demoraram muito mais do que isso.
No final, os dois lados permanecem invictos e Melbourne, pelo menos temporariamente, assume a liderança. Não que seja assim depois de mais um jogo onde poderiam e deveriam ter vencido.
O Phoenix superou enormemente o que suas estatísticas dizem que deveria ter este ano – quase o dobro do número de gols em relação aos gols esperados – e em grande parte disso, foi fácil entender o porquê.
Eles aproveitaram a sorte na retaguarda, já que o Victory desperdiçou várias posições promissoras e depois empatou sem nunca atacar. Foi o mais manso possível, mas de alguma forma funcionou.
O número era selvagem. Wellington igualou os donos da casa na posse de bola, mas não criou absolutamente nada, não gerando nem um único chute no jogo, no alvo ou fora, sem escanteios e com um total geral de seis toques na área do Vitória.
O gol deles foi contra, desviado por Damien da Silva depois que uma rara investida no campo viu Kosta Barbarouses fazer um cruzamento esperançoso para a área.
Melbourne fez 18 chutes, 7 dos quais foram para o gol de Alex Paulsen, e ridículos 12 escanteios. Todos eles deram em nada.
Tony Popovic já tinha visto esse filme antes. Apenas uma semana depois de ser segurado por Adelaide após dominar, sua equipe teve outro desempenho virtuoso no primeiro tempo que os viu vencer por 1 a 0 com um gol lindamente elaborado para Teague, antes de desperdiçar chance após chance e deixar seu adversário voltar.
Teague marcou logo aos 13 minutos, e mesmo assim no início do jogo, o gol estava chegando. Nishan Velupillay encontrou o excelente Jason Geria na área e mostrou cabeça fria para escolher o meio-campista para finalizar.
Era um nível de compostura que infelizmente faltava em outros lugares. Repetidas vezes, Velupillay e Arzani conseguiram espaço e tempo – muitas vezes por iniciativa própria através de excelente interação e dribles – mas escolheram constantemente a opção errada e permitiram que Wellington se afastasse.
Inevitavelmente, a oportunidade surgiria do outro lado e, quando surgiu, poderia ter sido muito mais.
Arzani teve a sorte de não sofrer um pênalti após atacar Bozhidar Kraev, mas momentos depois, o Nix empatou de qualquer maneira.
Arzani voltou a se envolver, desta vez se jogando teatralmente no convés em busca de uma cobrança de falta de ataque.
Ninguém veio e, rápido como um raio, os Kiwis atacaram Barbarouses, cujo cruzamento foi transformado em sua própria rede por Lula.
O drama ainda não havia terminado, já que o capitão do Victory quase agravou sua dor ao fazer falta em Pennington por pênalti: Evans marcou, apenas para o VAR encontrar um impedimento na preparação.
O árbitro voltaria à ação imediatamente no segundo tempo. Desta vez foi o Victory quem achou que merecia um pênalti, com Fornaroli caindo sob pressão de Kelly-Heald.
Evans apontou o pênalti, mas após intervenções do VAR para verificar falta e handebol, nada foi encontrado e a decisão foi anulada.
Aos 70 minutos, aconteceu a terceira vez. Folami, no lugar de Arzani, retomou o tormento de Kelly-Heald, batendo-o pela direita e caindo sob contato dentro da área. O estádio gritou, mas Evans não viu nada e o VAR concordou.
Popovic viu o suficiente e removeu Velupillay e Fornaroli, trocando o número 10 Zinedine Machach pelo atacante, mas isso pouco fez para mudar o fluxo do jogo.
O Vitória ainda pressionou, conseguiu escanteio após escanteio, não conseguiu aproveitar a pressão e, eventualmente, o tempo levou a melhor.
Ambas as equipes continuam invictas, mas pela segunda semana consecutiva foi o Victory quem saiu pensando que deveria ter conquistado mais do que apenas um ponto.